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Damas

Como jogar Damas: regras e noções básicas

O jogo de damas pratica-se entre dois jogadores, num tabuleiro quadrado, de 64 casas alternadamente claras e escuras, dispondo de 12 peças brancas e 12 pretas.

O objetivo é capturar ou imobilizar as peças do adversário. O jogador que conseguir capturar todas as peças do inimigo ganha a partida.

O tabuleiro deve ser colocado de modo que a casa angular à esquerda de cada parceiro seja escura.

No início da partida, as peças devem ser colocadas no tabuleiro sobre as casas escuras, da seguinte forma: nas três primeiras filas horizontais, as peças brancas; e, nas três últimas, as peças pretas.

A peça movimenta-se em diagonal, sobre as casas escuras, para a frente, e uma casa de cada vez.

A peça pode capturar a peça do adversário movendo-se para frente e permitindo também capturar a peça do adversário movendo-se para trás.

A peça que atingir a oitava casa adversária, parando ali, será promovida a "dama", peça de movimentos mais amplos que a simples peça. Assinala-se a dama sobrepondo, à pedra promovida, outra da mesma cor.

A dama pode mover-se para trás e para frente em diagonal uma casa de cada vez, diferente das outras peças, que movimentam-se apenas para frente em diagonal. A dama pode também tomar outra peça pela frente ou por trás em diagonal e lateral

Quando na casa contígua a uma peça houver uma peça adversária, com uma casa imediata vaga, na mesma diagonal, a peça toma-la-á passando para a citada casa vaga. Assim, a peça toma para a frente e para trás, sendo este o único movimento retrógrado da peça. Se após a tomada de uma peça, a circunstância se repetir, a peça continuará a tomada no mesmo lance, chamando-se a este movimento tomada em cadeia.

Um exemplo de um tabuleiro de Jogo de Damas.

Se, nas diagonais da casa de partida da dama, houver uma peça adversária cuja casa imediata esteja vaga, a dama toma-la-á passando para qualquer casa vaga após a peça tomada. A dama também toma em cadeia.

A tomada é obrigatória. A peça e a dama têm o mesmo valor para tomar ou ser tomada. Se, no mesmo lance, se apresentar mais de um modo de tomar, é obrigatório executar o lance que tome o maior número de peças (lei da maioria).

A peça que toma poderá passar mais que uma vez pela mesma casa vazia, porém não poderá tomar qualquer peça mais de uma vez. Não será promovida a peça que, numa tomada em cadeia, apenas passe pela oitava casa adversária. As peças tomadas só deverão ser retiradas do tabuleiro depois de completo o lance.

As brancas têm sempre a saída, isto é, o primeiro lance da partida. Determina-se por sorteio ou convenção, para a primeira partida; nas seguintes, as brancas cabem alternadamente aos dois parceiros.

O lance é executado quando se leva diretamente à nova casa a peça tocada; a peça deve ser imediatamente solta.

O lance está completo quando a mão do jogador tiver largado a peça, ao movê-la de uma casa para outra.

Se o jogador, a quem cabe efectuar o lance, tocar:

  • uma de suas peças, deverá jogá-la; e,

  • várias de suas peças, o adversário terá o direito de designar qual a peça, dentre as tocadas, que deverá ser jogada.

Nota: se nenhuma dessas peças puder ser jogada legalmente, não haverá penalidade, entretanto, a reincidência é passível de punição.

A partida termina empatada quando:

  • os dois parceiros concordarem com o empate;

  • a partir de qualquer ponto da partida, ocorrer 20 lances sucessivos de Damas, sem tomada ou deslocamento de pedra;

  • uma mesma posição se produzir pela terceira vez, cabendo ao mesmo jogador o lance, deverá o interessado reclamar o empate, antes que a posição se modifique (esta regra só vale se a partida estiver sendo anotada em uma planilha); e,

  • na luta de três damas contra uma, o lado maior não conseguir obter vitória em vinte lances.

O jogo de damas, difundido que foi por todo o mundo, acabou por receber alterações, dependendo da região em que é jogado. Também foram feitas modificações nas regras, visando dinamizar o jogo. A seguir, algumas variantes do jogo.

No Brasil

  • Dama sem captura: A dama move-se em diagonal, percorrendo as casas vagas que quiser, para diante ou para trás, não tomando no seu percurso qualquer peça de cor contrária e não podendo mudar dessa diagonal.

  • Dama com captura: Se em sua diagonal houver uma outra peça, sendo essa da cor adversária, a captura só pode ser efetuada se houver uma ou mais casas vazias após a peça adversária, a captura é obrigatória. A dama não é obrigada a ficar uma casa após a peça capturada. Também é muito conhecido no mundo inteiro, esta entre os jogos mais populares como:o xadrez, a dama e o dominó[1]

Damas italianas

As regras são as mesmas das damas tradicionais, com as seguintes mudanças: o tabuleiro é colocado de modo a ficar uma casa branca a esquerda; as peças não podem tomar a Dama; se um jogador não tomar uma peça quando for possível fazê-lo, perde o jogo; e quando houver mais de uma opção para tomada de peças, deverá optar o jogador por tomar a peça mais valiosa, isto é, a camisa.

Damas inglesas

Mesmas regras das damas tradicionais, exceptuando-se o fato do jogador poder optar por capturar qualquer peça e não fazer obrigatoriamente a jogada que o permita tomar o maior número de peças. Além disso, as damas não se movem em longa distância. A única vantagem de uma dama sobre uma peça normal é a capacidade de se mover e capturar para trás, bem como para frente.

Damas russas

As únicas alterações com relação às regras oficiais, são o fato de a tomada não ser obrigatória e o fato de, no caso de uma tomada em série, se a peça passar pela última fileira, ser promovida a dama e continuar a jogada já como dama.

Damas

Possivelmente a mais exótica das variantes tradicionais de damas.

Usa o tabuleiro de oito por oito casas. Cada jogador tem dezesseis peças e as coloca inicialmente na segunda e terceira fileiras mais próximas de si.

  • As peças se movem de forma ortogonal, para os lados ou para a frente, mas não para trás.

  • A captura também é feita para a frente ou para os lados. A peça que faz a captura é colocada na posição seguinte à previamente ocupada pela peça capturada, que é imediatamente eliminada (durante a jogada, e não ao final da mesma).

  • Quando uma peça chega à última fileira torna-se Dama.

  • As Damas podem se mover tantas casas vazias quanto quiserem para a frente, para trás ou para os lados.

  • A captura feita por uma Dama é igual à das peças normais, excepto por poder saltar por uma linha de casas vazias até alcançar a peça capturada.

  • Quando possível, a captura é obrigatória e deve ser feita de forma a eliminar o máximo possível de peças adversárias.

  • A vitória ocorre ao capturar todas as peças do adversário, imobilizá-lo ou deixá-lo com, no máximo, uma peça contra uma Dama.

Perde-ganha

Variante em que as regras são as mesmas do jogo oficial, mas, nesta variante, aquele que ficar sem peças é quem ganha. O jogador, portanto, deve oferecer suas peças ao adversário, o mais rápido possível.

História

Um jogo similar foi jogado por milhares de anos.[2] Um tabuleiro semelhante a um tabuleiro de damas foi encontrado em Ur que data de 3000 a.C.[3] No Museu Britânico, os exemplares de antigos tabuleiros de damas são egípcios, foram encontrados com suas peças em câmaras mortuárias e o jogo foi jogado pela rainha Hatchepsut.[2] Platão mencionou um jogo, πεττεία ou petteia, como sendo de origem egípcia, também mencionado por Homero. Os romanos jogavam uma derivação do petteia chamado Latrúnculo.[4]

Alquerque

Ver artigo principal: Alquerque

Um jogo árabe chamado Quirkat ou al-qirq, é tido como o jogo semelhante ao jogo de damas moderno, era jogado em um tabuleiro de 5 × 5. É mencionado na obra do século X Kitab al-Aghani.[3] Al qirq era também o nome para o jogo que atualmente é conhecido como trilha.[5] Al qirq foi levado para a Espanha pelos mouros,[6] onde tornou-se conhecido como alquerque, a derivação espanhola do nome árabe. As regras são dadas no livro do século XIII chamado Libro de los juegos. Em cerca de 1100, provavelmente no sul da França, o jogo de alquerque foi adaptado usando peças de gamão em um tabuleiro de xadrez. Cada peça foi chamado de "fers", o mesmo nome que a rainha de xadrez.

Crowning

As regra de Crowning foi usado pelo século XIII, como é mencionado em Chronique do Philip Mouskat em 1243,[3] quando o jogo era conhecido como Fierges, o nome usado para a rainha de xadrez (derivado do persa firz, significando conselheiro do rei ou vizir). As peças se tornaram conhecidas como "damas", quando esse nome também foi adotado para a rainha de xadrez. A regra forçando os jogadores a tomar sempre que possível, foi introduzido na França em torno de 1535, altura em que o jogo se tornou conhecido como Jeu forcé, idêntico ao jogo de damas inglês moderno.[3][7] O jogo sem a captura forçada ficou conhecido como Le jeu plaisant de dames, o precursor dos jogos de damas internacionais.

No século XVIII, o escritor inglês Samuel Johnson escreveu um prefácio para um livro de 1756 sobre damas de William Payne, o mais antigo livro em língua inglesa sobre o jogo.[4]

Damas no computador

Em julho de 2007, um grupo da Universidade de Alberta liderado por Jonathan Schaeffer anunciou, num artigo publicado na Revista Science, que havia resolvido o jogo de damas.[8] O programa Chinook desenvolvido pelo grupo desde 1989, chegou a um ponto de sua evolução em que comprovadamente tornou-se imbatível. Desta forma, o grupo pôde demonstrar que as damas são um jogo de empate, ou seja, sempre terminará em empate se ambos os adversários realizarem as jogadas corretas.

O Chinook já se havia destacado anteriormente por ter sido o vencedor do Campeonato Mundial Homem x Máquina, em 1994.

 

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